Carlos Pereira, madeirense, deputado do Partido Socialista é o próximo convidado do projeto Os 230. Não esconde de maneira nenhuma a sua paixão pela ilha onde nasceu, dizendo mesmo que a Madeira é um paraíso e que tendo em conta a sua autonomia por vezes é facilmente confundível com um pequeno país. 

Sendo um deputado eleito pelo círculo eleitoral da Madeira, Carlos Pereira, considera um grande desafio o seu trabalho na AR, pois, por vezes tem de ir contra as decisões que o Partido Socialista toma em relação à Madeira, já que, este terá sempre como prioridade os interesses dos madeirenses. 

Ingressou no ISEG, na licenciatura de Economia com 17 anos de idade, ainda que, sempre tivesse pensado em jornalismo como uma opção válida, pois, sempre teve consigo uma ideia de intervenção pública. Após a licenciatura tornou-se aluno de uma pós-graduação em Desenvolvimento Rural no Instituto Superior de Agronomia, onde, entre risos, admite ter ingressado por uma namorada sua também estudar ali. 

Após 6 anos em Lisboa regressa à Madeira a convite do Professor Maximiano Nunes para trabalhar no Madeira Tecnopolo o que acabou por nunca se concretizar. Assim, o deputado ingressou no Centro de Ciência e Tecnologia da Madeira, tornando-se mais tarde diretor geral da Câmara de Comércio e Indústria da Madeira onde exerceu funções durante 7 anos. É neste último cargo que se começa a tornar um grande crítico do governo de Alberto João Jardim e seguindo esse caminho acaba por ser eleito deputado, sendo até líder da bancada parlamentar do PS. Aponta ainda o dedo aos governantes do país por nunca terem prestado especial atenção “aos ataques à democracia” que ali existiam. 

Adepto da liberdade, admite também a sua preferência por cães, diz-nos que o maior desafio dentro da AR foi a transição, ou seja, a troca entre o Parlamento da Madeira e a Assembleia. Leitor ávido e fervoroso fã de Supertramp e U2, diz-se católico e com uma imensa vontade de perguntar ao Papa Francisco se a sua fé em Deus é mesmo real. Por fim, admite que os políticos devem criar laços fortes com os cidadãos e que para que isso se efetive é necessário evitar as mentiras e as promessas impossíveis de cumprir.  

Texto elaborado por Diogo Costa, colaborador do projeto Os 230