Entrevista a Pompeu Martins
  • 02.06.2022
  • PS
  • Braga
  • XV Legislatura

02.06.2022

XV Legislatura

Braga

PS

Pompeu Martins

Pompeu Martins descobriu cedo o papel da cidadania e como a palavra pode ser uma arma. O deputado do Partido Socialista, natural de Fafe e que também é poeta, recorda quando aos 10 anos teve a sua primeira experiência na área do jornalismo através do jornal escolar, o que o levou a entrevistar o Presidente da Câmara à época. Para a entrevista Pompeu Martins levou dois temas que afectavam negativamente a comunidade escolar: a falta de papel higiénico nas casas de banho e a instabilidade do muro escolar que representava um problema de segurança para a comunidade. As duas questões foram resolvidas após este episódio e deixou marcas também no deputado que se manteve activo nos jornais escolares ao longo do seu percurso académico.

Para Pompeu Martins a poesia tem uma ligação estreita à personalidade do poeta, tanto altera a sua personalidade como é um espelho da mesma: não consigo fazer grandes separações eu acho que nós somos tudo a todo tempo, o que resvala inevitavelmente para a sua filiação partidária: não se é socialista só pelo voto, nós somos socialistas em casa, somos socialistas pelos filhos, somos socialistas com os amigos (...) e com esta ligação intrínseca revela ainda que nunca consigo separar o deputado que sou agora, do autarca que fui do socialista que serei.

O deputado cursou Direito apesar do seu desejo de ser jornalista, mas não conseguiu deixar de aceder ao pedido do seu pai que via na carreira de advocacia uma maior segurança para o filho do que a de jornalista. Pompeu Marins, como filho único, sentiu que era seu dever não contrariar o pedido daquele de quem guarda saudade e considera um tipo extraordinário, era uma pessoa, um ser humano magnífico. Apesar de toda a dedicação, empenho e até resultados de mérito, a sua vocação não estava ali e decidiu mudar-se para Lisboa e estudar Sociologia e que recorda como um dos momentos mais felizes da minha vida.

Foi durante o tempo em que estudou Sociologia que se imaginou deputado. Pompeu Martins era aos 18 anos líder da Juventude Socialista da Concelhia de Fafe e chega à faculdade com algum percurso político. Para o seu papel de deputado à Assembleia da República traz a sua experiência local para poder dizer e poder trazer para a Assembleia da República a aquilo que é efetivamente a realidade de um determinado Portugal que é muito importante que esteja em cima da mesa e que isso o ajudou a aumentar a qualidade da produção legislativa para que a mesma tenha aplicabilidade e seja adequada aos problemas do País.

O poeta militante gostaria de conhecer ao vivo Olof Palme, uma figura que desde cedo o inspirou e que representa a área do socialismo em que o deputado se revê. Conta até o curioso episódio aquando da visita de Olof Palme a Portugal no pós 25 de Abril, em que Pompeu Martins, apesar de muito criança, o chamou ao vê-lo passar. Olof Palme ficou muito admirado e voltou para trás para cumprimentar o deputado, ao colo do pai.

Resume Portugal socorrendo-se das palavras de Natália Correia como a casa mátria e gostaria de deixar aos portugueses a mensagem da importância de se procurar informação para se formar opinião, de sermos cidadãos informados para que possamos ser mais livres e sendo mais livres podermos contribuir mais para o que é a vida do País, pois considera que a democracia está dependente dessa atitude.

Artigo escrito por Irina Rosa, colaboradora do projecto Os 230

Nome Completo

Pompeu Miguel Noval da Rocha Martins


Data de Nascimento

05/11/1969


Habilitações Literárias

  • Licenciatura em Sociologia
  • Pós-graduação em Património Cultural Imaterial


Profissão

Sociólogo


Comissões Parlamentares

  • Comissão de Assuntos Europeus [Suplente] Comissão de Educação e Ciência [Suplente]
  • Comissão de Cultura Comunicação Juventude e Desporto