A Sala Lisboa, sala do Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal na Assembleia da República, foi o palco da entrevista d’Os 230 a Rodrigo Miguel Dias Saraiva, que não só se estreia como deputado nesta XV Legislatura, como também assume a liderança do Projeto da IL na Assembleia da República.

A política e a comunicação são duas das áreas que desde muito cedo estiveram presentes na sua vida. Após o término da sua formação superior no IADE, trabalhou no Instituto Português do Desporto e da Juventude, onde desenvolveu um trabalho tecnicamente relacionado com o associativismo. No âmbito das suas funções no IPDJ, coordenou o Projeto de Voluntariado do Euro 2004, onde ganhou experiência na gestão de recursos humanos, nomeadamente na seleção, identificação, formação e alocação de cerca de 5000 pessoas, experiência que diz ter levado para a vida.

Posteriormente, a sua carreira profissional focou-se mais no sector da comunicação e só há 2 anos atrás regressou novamente à política, onde se iniciou a full-time no projeto da IL, como Chefe do Gabinete da Iniciativa Liberal, a acompanhar o percurso do deputado único João Cotrim de Figueiredo durante a XIV Legislatura da Assembleia da República.

Agora como deputado, Rodrigo Saraiva revela que, embora o conjunto das dinâmicas parlamentares já não seja novidade, resultado do seu trabalho como Chefe de Gabinete da IL na anterior Legislatura, as suas novas funções, que incluem uma maior exposição mediática, são mais desafiadoras e envolvem mais preparação e responsabilidade, uma vez que é agora também o representante do Projeto IL.

O alargamento da bancada parlamentar da IL

A Iniciativa Liberal passou de 1 deputado na XIV Legislatura da Assembleia da República para 8 deputados nesta XV Legislatura. O líder do partido refere que este alargamento da bancada parlamentar vai trazer mais desafios e maiores responsabilidades e oportunidades ao partido. Diz que com apenas 1 deputado era “humanamente impossível” estar a par de todos os temas e de acompanhar o dia-a-dia de todas as áreas, mas que agora com 8 deputados é possível ter presença em todas as comissões, apresentar novos projetos e marcar posição política sobre todos os temas.

Questionado sobre o que distingue a IL dos outros partidos, Rodrigo Saraiva responde que faltava um partido liberal em Portugal que se manifestasse pela oposição ao status quo, pela contestação ao estado das coisas e ao estado de estagnação social e económico em que os países sistémicos mergulharam o país. O deputado acaba por comparar a IL a Robin dos Bosques, no sentido em que ambos lutam contra o Estado opressor para devolver o poder às pessoas.

O líder da bancada da IL quer ver o partido crescer e revela que a fonte de inspiração está nas iniciativas, trabalhos e propostas de outros partidos liberais europeus, entre os quais o VVD da Holanda, o FDP da Alemanha, o Liberals de Andorra, ou o NEOS da Áustria, partido recente esse com uma história muito similar à da IL.

Artigo escrito por Mónica Mota, colaboradora do projeto Os 230